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Ilustração, autoria desconhecida.
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Lenços brancos, acenando,
para a Maria Fumaça,
que vão, também retirando
o “cisco” que o olhar embaça!
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(Therezinha Radetic)
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Lenços brancos, acenando,
para a Maria Fumaça,
que vão, também retirando
o “cisco” que o olhar embaça!
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(Therezinha Radetic)
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Kik Zeiler (Holanda, 1948)
óleo sobre tela, 41 x 66 cm
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Romain Rolland
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Cozinheira com natureza morta de legumes e frutas, c. 1620-1625
Sir Nathaniel Bacon (Inglaterra,1585-1627)
óleo sobre tela, 151 x 247
Tate Gallery, Londres
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A cenoura existe em diversas cores. Elas podem ser brancas, amarelas, negras, roxas ou vermelhas. As de cor laranja, mais comuns na nossa mesa, são um cultivo especial que provavelmente foi desenvolvido na Holanda, no século XVI. Dizem os holandeses que elas foram criadas para honrar a Casa de Orange, que liderou a revolta holandesa contra a Espanha e mais tarde se tornou a família real do país. A cor laranja ainda é a cor oficial da Holanda e também é a cor oficial da camisa do time de futebol daquele país, além de ser um símbolo do patriotismo no país.
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José Teófilo de Jesus (Brasil, 1758-1847)
óleo sobre tela, 65 x 82 cm
Museu de Arte da Bahia, Salvador
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(Indígena Brasileiro)
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Bruno Seabra
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O branco disse ao timbira:
— Não me inspiram, sertanejo,
Estes bosques, estas matas;
— Nem eu vejo
De que te ufanes aqui:
Vem comigo — minha terras
Tem mais lindas variedades
Vida, amor, ouro, prazeres,
Nas cidades
Tudo enfim, terás — ali. —
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O timbira disse ao branco:
— Cariúra, deixa a cidade,
__ Vem viver co’o sertanejo,
— Aqui tens a liberdade. —
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(1858)
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Em: O Espelho: revista de literatura, modas, indústria e artes, n. 5, de outubro de 1859, p.69. da edição em facsímile, Rio de Janeiro, MEC:2008, p. 9
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Menino com ganso, século II da EC [Era Comum]
Mármore, cópia romana de bronze grego do sec III AEC.
Turquia
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Há poucos dias postei uma poesia da Baronesa de Mamanguape, senhora conhecida pelos saraus de música e poesia no Rio de Janeiro do final do século XIX. Aproveitei para divulgar sua biografia numa pequeníssima nota vinda do Dicionário crítico de escritoras brasileiras 1711-2001. [Nelly Novaes Coelho, São Paulo, Editora Escrituras: 2002.] Mas me surpreendi ao ver que a Sra. Baronesa havia se casado aos 13 anos. Hoje consideramos 13 anos uma idade de formação e não olhamos com bons olhos a família que permite o casamento de uma criança… Só porque o hábito de casar a jovem menina na época de sua maturidade física é antigo, não quer dizer que está certo. É para isso que evoluímos e que descobrimos o melhor momento, tanto físico quanto emocional, para um casamento. E vemos como quase barbárie culturas que, ainda hoje, permitem e aprovam esse comportamento, justificado para que o marido tenha certeza da inexperiência sexual da menina em questão.
Como um dos meus passatempos é ler sobre a civilização romana, lembrei-me que na Roma antiga também se casava meninas aos 13 ou 14 anos, quando nem bem tinham deixado os brinquedos de lado. Sim, as crianças romanas, como as de hoje, brincavam bastante. As meninas tinham bonecas, muitas delas até com membros articulados. Apesar de Roma ter sido uma grande civilização da qual herdamos muitos dos nossos valores, das nossas casas, dos nossos hábitos de higiene, das nossas cidades, não gostaríamos, tenho certeza, de repetir as experiências de uma jovem romana, digamos do século I da Era Comum. Era uma vida muito difícil. A mulher, e consequentemente a mãe, era menos importante que o pai. Este por sua vez tinha o poder de vida ou morte sobre qualquer membro da família. Quando um bebê nascia era colocado aos pés do pai. Se este pegasse o bebê no colo, o bebê tinha a permissão implícita de viver. Mas se fosse ignorado pelo pai, não teria a sorte de continuar vivendo.
Às mulheres cabia a organização do lar, as refeições eram feitas por elas ou a seu encargo se a família tivesse meios financeiros de manter um escravo. Elas também eram responsáveis pela educação das crianças. Muitos casamentos aconteciam quando as meninas faziam 14 anos e eram arranjados pela família de acordo com o melhor ajuste financeiro ou político para os pais. O amar, o gostar, a escolha da jovem, nada disso era levado em consideração. E ainda, os homens podiam se divorciar de uma mulher se esta não lhes desse pelo menos um filho homem. Muitas mulheres morriam jovens também (às vezes antes dos 30 anos) muitas vezes porque dar a luz a um bebê poderia ser uma atividade perigosa, nem sempre havia meios de se assistir a um parto com complicações e morriam mãe e bebê. Doenças também eram mais comuns do que hoje.
Não acho que não trocaríamos a vida de hoje pela de ontem. Ainda bem que aprendemos com as lições do passado. Essa é uma boa razão para estudarmos a história.