Muito feliz de anunciar que meu livro, À meia voz, com 60 poemas, está a partir de hoje em PRÉ-VENDA a R$33,00, no site da editora Autografia. Estou muito orgulhosa. Logo estará também à venda em e-book.
Ladyce West, a Peregrina Cultural, lança seu primeiro livro de poesia
1 12 2020Comentários : 1 Comment »
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Nós, soneto de Inocêncio Candelária
1 12 2020Lembrança do primeiro amor, 1995
Ernani Pavaneli (Brasil, 1942)
acrílica sobre tela, 65 x 54 cm
Nós
Inocêncio Candelária
Brincávamos nós dois o dia inteiro:
Você linda criança. eu pequenino,
Num mútuo benquerer, num verdadeiro
Mundo de flores, plácido e divino!
Sempre juntos, você foi quem primeiro
Ensinou-me de um modo peregrino,
Viver, amar, ser bom, ser altaneiro,
Minha loura boneca de menino…
Depois fui para longe… A nossa dita
O tempo transformou. Deus assim quer!
Fiquei moço e você ficou mulher…
E mulher, mais mimosa, mais bonita,
Você é ainda a mesma em meu destino
Minha loura boneca de menino.
Em: 232 Poetas Paulistas: antologia, ed. e col. Pedro de Alcântara Worms, São Paulo, Conquista: 1968, p. 350
Inocêncio Candelária, (1910- 1992) jornalista, contista, historiador, biógrafo, antologista, poeta e trovador, nasceu no município de Salesópolis a 5 de setembro de 1910, filho de Benedito Ferreira Candelária e Benedita de Melo Candelária. Residiu e faleceu em Mogi das Cruzes.
Obras
Filólogo da Escola da Praça, (1945) – crítica
[premiado pela Academia Brasileira de Letras]
Poetas do Norte de São Paulo, (1958) antologia poética
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“Esse cão”, poesia de Vera Lúcia de Oliveira
9 11 2020Galgo, 2010
Aguiar Santana (Brasil, contemporâneo)
óleo sobre tela, 30 x 30 cm
[Sem título]
Vera Lúcia de Oliveira
esse cão que me segue
é minha família, minha vida
ele tem frio mas não late nem pede
ele sabe que o que tenho
divido com ele, o que eu não tenho
também divido com ele
ele é meu irmão
ele é que é meu dono
Em: Cintilações da Sombra 2: antologia poética, coordenação Victor Oliveira Mateus, Fafe, Portugal, Labirinto e Núcleo de Artes e Letras de Fafe: s.d., p. 85
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Trova da roseira
31 10 2020
Da vida, pelos caminhos,
uma coisa aprendi bem:
a roseira dá espinhos,
mas nos dá rosas, também…
(A. Isaias Ramires)
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“O acendedor de lampiões” poema de Jorge de Lima
26 10 2020
Gravura anônima do Século XIX.
O acendedor de lampiões
Jorge de Lima
Lá vem o acendedor de lampiões da rua!
Este mesmo que vem infatigavelmente,
Parodiar o sol e associar-se à lua
Quando a sombra da noite enegrece o poente!
Um, dois, três lampiões, acende e continua
Outros mais a acender imperturbavelmente,
À medida que a noite aos poucos se acentua
E a palidez da lua apenas pressente.
Triste ironia atroz que o senso humano irrita: —
Ele que doira a noite e ilumina a cidade,
Talvez não tenha luz na choupana em que habita.
Tanta gente também nos outros insinua
Crenças, religiões, amor, felicidade,
Como este acendedor de lampiões de rua!
Em: Poesias Completas, Jorge de Lima, vol. I, Rio de Janeiro, Cia. José Aguilar Editora: 1974.p. 62
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Casamento de raposa
20 10 2020
Casamento de raposa
Wilson W. Rodrigues
Chuva com sol é tão raro
como pérola de Ormuz;
da chuva pingos tão claros
e do sol pingos de luz.
Chuva com sol é tão doce
que parece a redenção
do bem e do mal reunidos
numa suave canção.
Chuva com sol nos sugere,
se é que pode sugerir,
olhos tristes a chorar
lábios felizes a rir…
Em: Beija-flor: poemas, Wilson W. Rodrigues, Rio de Janeiro, 1949, Publicitan Editora: p. 115
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Trova do meu amor
19 10 2020
Ilustração, Griswold Tyng (American, 1883 – 1960)
O quanto te amo, querida,
nem às paredes confesso,
mas deixo a casa florida
esperando o teu regresso.
(Antonio Francisco Pereira)
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Tua mão, poesia de Naide Vasconcelos
5 10 2020
Dama com flores, (Década de 30)
Oswaldo Teixeira (Brasil, 1904 -1975)
óleo s cartão, 39 X 29 cm
Tua mão
Naide Vasconcelos
A tua mão pequena de escultura
é cópia da pérola mais rara
ou duma rosa branca a miniatura,
talhada em fino bloco de Carrara.
O mundo inteiro deslumbrado a encara
quando, soltando a cabeleira escura,
ostentas essa mão, mimosa e clara,
num glorioso esplendor de formosura.
Tua mão lembra as trêmulas papoulas,
as conchas de nacar, as verde algas
o aroma penetrante das caçoulas
Trabalho dum antigo colorista
a tua mão, que tem poses fidalgas,
foi feita para impressionar a vista.
Em: A lira na minha terra: poetas antigos e contemporâneos no Pará, Clóvis Meira, Belém: 1993, p. 298-9
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As samambaias, poesia de Hélio Pellegrino
24 09 2020
Samambaias, foto: Ladyce West
As samambaias
Hélio Pellegrino
As samambaias
debruçadas no espaço
esplendem seu silêncio.
Que farta verdade
em seu verde farfalha!
Rio, 2/10/1980
Em: Minérios Domados, poesia reunida, Hélio Pellegrino, Rio de Janeiro, Rocco: 1993, p. 47.
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