Flores
Georgina de Albuquerque (Brasil,1885 – 1962)
óleo sobre tela, 84 x 105 cm
Vaso azul e rosas
Shokichi Takaki (Japão-Brasil, 1914-2006)
óleo sobre tela
Flores
Georgina de Albuquerque (Brasil,1885 – 1962)
óleo sobre tela, 84 x 105 cm
Vaso azul e rosas
Shokichi Takaki (Japão-Brasil, 1914-2006)
óleo sobre tela
Praça Paris, Rio de Janeiro, 1943
Dakir Parreiras (Brasil, 1894 -1967)
óleo sobre madeira, 32 x 41 cm.
Fruteira
Alcy Vianna (Brasil, 1937)
óleo sobre tela, 66 x 84 cm
Natureza morta, 1999
Daltro Borowski (Brasil, 1964)
óleo sobre tela, 42 X 53cm
Uma escavação para a construção de um bairro residencial em um subúrbio da cidade de Nîmes na França descobriu esses belíssimos exemplos de frascos e garrafas de vidro romano datando do século I, DC. Eles estavam no local das piras funerárias para cremação de corpos em um cemitério romano da antiga capital regional, Nemausus, que deu o nome a Nîmes atual. Com população estimada em 60.000 pessoas essa cidade antes de ser dominada pelos romanos no século I AC, era habitada pela tribo Gaulesa Volcar Arecomici, desde a Idade do Ferro.
Nîmes tem uma longa história romana e por isso é conhecida como a mais romana cidade fora da Itália ou a Roma Francesa. Os romanos dominaram a região desde o século I AC ao século V DC. Na época em que esses artefatos foram criados a vida na cidade girava em torno da praça principal e do templo chamado Maison Carrée.
Município Lagarto, SE, 1996
Pedro Paulo da Conceição (Brasil, 1942)
óleo sobre placa, 21 x 37 cm
Abra I, 1968
Frank Stella (EUA, 1936-2024)
acrílica e grafite em tela formatada, 305 x 305 cm
Quem frequenta este blog, ou visita a página da Peregrina Cultural no Facebook, certamente não poderia imaginar que um dos meus grandes amores, figurativamente falando, nas artes plásticas do século XX, foi entre outros, Frank Stella (EUA, 1936-2024). Num blog que favorece não só a pintura figurativa assim como a pintura figurativa brasileira, saber que eu tinha verdadeiro carinho, amor e apreciação pelo trabalho de Stella deve vir como surpresa. Mas sim, há pintores abstratos, tanto do expressionismo abstrato americano, como Franz Kline, Mark Rothko, e também do abstracionismo geométrico, como o de Frank Stella e de seu antecessor Morris Louis, que sempre me tocaram.
Saber do falecimento de Frank Stella (4 de maio) foi um choque. Stella para mim foi um pintor mesmerizante. Entrar em seu mundo, pelo tamanho gigantesco de suas telas, muitas delas eventualmente em formas fora do comum, era entrar no País das Maravilhas. Era dar asas a sonhos felizes. Admirava a precisão matemática de sua pintura. Foi um grande visionário do que imaginava-se ser o futuro. Ainda que este futuro tenha sido um pouco diferente… Por muito tempo pensei em me dedicar no doutoramento ao trabalho deles. Mas história da arte é uma matéria conservadora. Já havia sido uma luta eu dedicar meus anos de pós-graduação e todos os outros em diante a René Magritte antes que o mínimo de 50 anos fossem passados (teoricamente só se sabe se alguém vai ter influência marcante depois de 50 anos de sua morte). Imaginem como seria querer trabalhar com alguém ainda vivo. E nos anos 80 a maioria destes artistas ainda estava viva. Então fica aqui o meu testemunho de que com Stella, acho que ele é o último a falecer, vai-se uma geração inteira de artistas que eram sérios em suas pesquisas para chegarem a obras “que qualquer um poderia fazer”.
Outro falecimento nesta semana, (30 de abril) que muito me tocou foi o de Paul Auster, (EUA, 1947-2024) um dos escritores americanos que mais admirei, cujo último livro 4321 considero uma obra-prima da literatura americana contemporânea. Li duas vezes, primeiro em inglês, depois em português para poder selecionar algumas passagens para meus grupos de leitura. Auster era um escritor que mostrava camadas de significados, de referências em cada cena, detalhista, suas narrativas são verdadeiros tesouros trabalhando constantemente com o tema que lhe afligia: o acaso. Era um verdadeiro conhecedor da literatura americana e mundial, falava o francês fluentemente, eu mesma o vi falando francês, no programa da televisão francesa La Grande Librairie. Mas era sobretudo um escritor americano, da realidade americana de um fôlego raro de encontrarmos atualmente. Aos poucos a geração pós-guerra dá seu adeus. Que fiquem conosco suas obras notáveis em cada uma das artes em que estes dois homens brilhantes trabalharam. Fica aqui o meu minuto de silêncio em respeito ao que ambos conseguiram e nos deram.
Isso não é uma cirurgia plástica, 2023
Arisa Yoshioka (Mongólia, 2000)
óleo sobre tela, 53 x 63 cm