Os Arcos da Lapa, por um visitante em 1807

18 08 2009

Arcos da Lapa, Heitor dos Prazeres,(1898-1966), ost, 1964, Samba nos Arcos da LapaSamba nos Arcos da Lapa, 1964

Heitor dos Prazeres ( Brasil 1898-1966)

Óleo sobre tela

 

Às vezes um assunto fica na cabeça da gente, como um refrão de música popular que não conseguimos esquecer.    Foi isso o que aconteceu comigo e Os Arcos da Lapa.  Para me exorcizar volto ao assunto, 24 horas mais tarde.    Passei a tarde a procura de um ou dois textos que me lembrava ter lido, mas não sabia onde.  Bem aqui está um deles. 

 

Texto do visitante James Hardy Vaux, no Rio de Janeiro em 1807:

 

Tendo mencionado as fontes públicas – em grande número nesta cidade – não posso deixar de descrevê-las.  Em razão de haver poucas nascentes no Rio de Janeiro, a água é coletada no pico de uma elevada montanha e conduzida à cidade por um majestoso aqueduto, que atravessa um vale de muitas milhas de distância.  Ao chegar à urbe a água é distribuída pelas fontes situadas nas ruas principais.  Essas fontes, todas muito bonitas, são construídas em pedra e contam com uma grande cisterna para armazenar a água.  Essa escoa daí por umas bicas de metal fundido, muito bem trabalhado, que têm a forma de bicos de ganso, de pato e de outras aves.

 Em: Outras visões do Rio de Janeiro Colonial 1582-1808; antologia de textos, editado por Jean Marcel Carvalho França, Rio de Janeiro, José Olympio: 2000,  p. 305

 

Thomas Ender Chafariz do Largo do Moura

Chafariz do Largo do Moura, Rio de Janeiro, 1817

Thomas Ender (Áustria 1793-1875)

aquarela