Nossas cidades: Lagoa Santa

14 05 2024

Paisagem com Verde: Lagoa Santa, 1986

Inimá de Paula (Brasil, 1918-1999)

óleo sobre tela, 53 x 64 cm





A Fazenda Santa Cruz, poesia de Olegário Mariano

13 05 2024

Entrada da fazenda, 1966

Aldo Bonadei (Brasil, 1906-1974)

óleo sobre tela, 59 x 77cm

 

 

O Rio Grande do Sul está em todos os nossos pensamentos.  Dia sim. outro também.  Durante a semana passada, uns versos, que eu não sabia de quem, e que não sabia de onde vinham, vieram me visitar, memória é uma coisa chocante. 

Por muitos anos tive o hábito de anotar versos que lia e que achava bonitos.  Na adolescência certamente sem o cuidado que desenvolvi, ao longo dos anos, de anotar o autor, o livro etc.  A frase que me perseguiu foi “os rios são com certeza, o pranto da natureza.”  Bem, chegar à autoria de Olegário Mariano foi fácil.  Bastou abrir aspas, colocar a frase no Google, fechar aspas e procurar.  O problema foi achar a poesia….  Achei.  Tenho em casa a obra completa do poeta.  Mas são dois volumes…  Levei  um tempinho.  Aqui vai para vocês.

 

Acredito que o rio mencionado na poesia seja o Rio Saracuruna aqui no estado do Rio de Janeiro.  Já naquela época, antes de 1931, Mariano nos alertava sobre os maus tratos que este rio recebia.

 

 

 

A Fazenda Santa Cruz

 

Olegário Mariano (1889-1958)

 

 

Por entre a folhagem verde

Que pelas brenhas se perde,

No coração da Fazenda

Dorme a casa de vivenda.

 

Um pátio largo defronte,

Ao fundo azul — o horizonte

A crepitar, esbraseado,

Num crepúsculo doirado.

 

A mata pesada, imensa,

Parece que sonha ou pensa…

Catedral verde que encerra

O culto simples da terra.

 

Abre-se um rio de prata

E, num fragor de cascata,

Borbulha de duna em duna…

É o rio Saracuruna.

 

À tona um enxame treme

Se equilibra e vibra e freme,

E às vezes se desmorona

Como uma coluna, à tona…

 

Umas partem, outras voltam,

As asas doiradas soltam

Em nervosas tarantelas,

Brancas, verdes amarelas.

 

Bate a porteira da entrada.

Sonolenta entra a boiada:

— Pintado!  Moreno!  Audaz!

And à frente, meu rapaz!

 

Um deles, o mais tristonho,

Que é pesado como um sonho,

Olhando o campo tão lindo,

Vai passando, vai mugindo…

 

Entre árvores surge a lua,

Branca e inteiramente nua,

Mostrando, em suaves coleios,

O tronco, os braços, os seios…

 

Sobe e do alto descampado

Espalha um véu de noivado

Com cintilações estranhas

Pela encosta das montanhas…

 

Depois desce ao rio, e o rio

Que rola sereno e frio,

Se enrosca num frenesi:

— Beija-me as águas, Iaci!

 

O Saracuruna sonha…

Na marcha lenta e tristonha,

O rio lembra um vivente

Porque chora, porque sente.

 

Vai sinuoso… Entra a devesa

Levando na correnteza

Troncos, arbustos e ninhos

Que encontrou pelos caminhos.

 

E perde-se longe…  Agora

Nem sinal da água que chora…

 

Os rios são, com certeza,

O pranto da natureza.

 

 

Em: Toda uma vida de poesia — poesias completas, Olegário Mariano, Rio de Janeiro, José Olympio: 1957, volume 1 (1911-1931), pp. 90-92.





Flores para um sábado perfeito!

11 05 2024

Flores

Georgina de Albuquerque (Brasil,1885 – 1962)

óleo sobre tela, 84 x 105 cm

 

 

 

Vaso azul e rosas

Shokichi Takaki (Japão-Brasil, 1914-2006)

óleo sobre tela





Rio de sol, de céu, de mar…

10 05 2024

Praça Paris, Rio de Janeiro, 1943

Dakir Parreiras (Brasil, 1894 -1967)

óleo sobre madeira, 32 x 41 cm.





Nossas cidades: Lagarto, SE

7 05 2024

Município Lagarto, SE, 1996

Pedro Paulo da Conceição (Brasil, 1942)

óleo sobre placa, 21 x 37 cm





Flores para um sábado perfeito!

4 05 2024

Composição com jarro e frutos,1972

Aldo Bonadei (Brasil,1906-1974)

técnica mista sobre cartão, 36 x 25 cm

 

 

 

Vaso de flores

Mário Zanini (Brasil, 1907 – 1971)

monotipo, 38 x 25 cm





Rio de sol, de céu, de mar…

3 05 2024

Colégio Hitchings em Botafogo, c. 1845

Joseph Alfred Martinet (França, 1821-1875)

litogravura

Casa de Rui Barbosa





Nossas cidades: Saquarema, RJ

30 04 2024

Saquarema

Yuji Tamaki (Japão-Brasil, 1916-1979)

óleo sobre tela, 90 x 70 cm





Rio de sol, de céu, de mar…

26 04 2024

Paisagem com Corcovado na Estrada Real – Rio

Otto Bungner (Alemanha-Brasil, 1890-1965)

aquarela, 28 X 42 cm





Hoje é dia de feira: frutas e legumes frescos!

24 04 2024

Natureza morta, 2019

Elton Brunetti (Brasil, contemporâneo)

óleo sobre tela

 

 

 

 

 

Natureza morta

Octávio Araújo (Brasil, 1926)

óleo sobre placa,  35 x 27 cm