As questões eternas… Marcelo Gleiser

28 05 2019

 

 

 

A-Surprise-GuestUm visitante inesperado, ilustração de Roy Keister.

 

 

“Encantei-me com o Universo e construí uma carreira como físico teórico, interessado por questões que, até recentemente, não eram consideradas científicas. Como o Universo surgiu? De onde veio a matéria que compõe as estrelas, os planetas e as pessoas? Como que átomos inanimados viraram criaturas vivas, algumas delas capazes de refletir sobre sua própria existência? E se a vida existe aqui, será que existe em outros lugares? Será que a imensidão cósmica esconde outras criaturas inteligentes?

Comecei a me interessar por essas questões quando era ainda um adolescente, seduzido pelo poder da mente e por sua capacidade de ponderar assuntos que, aparentemente, eram imponderáveis. Mesmo que, em muitos casos, as respostas a essas perguntas sejam incompletas, o que importa é participar do processo da descoberta, da busca pelo conhecimento. É nossa curiosidade que nos ergue acima da banalidade do igual, da rotina de todos os dias; é nossa curiosidade que nos define enquanto criaturas pensantes.”

 

Em: A simples beleza do inesperado: um filósofo natural em busca de trutas e do sentido da vida, Marcelo Gleiser, Rio de Janeiro, Record: 2017, p. 13.





Natureza maravilhosa: cogumelo “Hericium americanum”

13 04 2019

 

 

 

Hericium americanumHericium americanum

 

 

Hericium americanum é um cogumelo encontrado exclusivamente na América do Norte, e belo assim como uma cabeleira de boneca de pano, é um cogumelo comestível.  Não encontrei o nome dele em português. A tradução de seu nome do inglês é  cogumelo-dente cabeça de urso.  Cogumelo-dente refere-se a um grupo de cogumelos. Ele foi descoberto em 1984, pelo micologista canadense James Herbert Ginns.

 

 

 





O verde do meu bairro: Costela de Adão

23 03 2019

 

 

 

 

DSC03302aCostela de Adão, rua Marquês de São Vicente, Gávea.

 

 

Este ano a Costela de Adão está em todo canto.  É padrão estampado em tecidos para estofamento, vestidos, camisetas de ambos os sexos.  Virou moda.  Não me surpreende, é linda!  E dá em todo canto com um pouco de sol da manhã e sombra para ao resto do dia.  No passado víamos esta planta crescer em arbusto gigantesco pontuando praças publicas.  Recentemente ela parece ter sido preferida por jardins suspensos em edifícios residenciais como este da foto.  De qualquer jeito ela é queridinha dos cariocas, mesmo sendo natural do México.  Adaptou-se bem aqui, porque mesmo lá no hemisfério norte, ela gosta do clima tropical.  Seu nome científico é Monstera deliciosa, e pertence à família das aráceas. Tem folhas enormes, recortadas, que lembram vagamente o desenho dos ossos das costelas.

Ela gosta de um pouco de sol (da manhã) e sombra à tarde. Gosta do clima úmido, portanto seu transplante terá mais chance de sucesso se for feito na primavera ou verão. O solo deve ser mantido úmido, sem encharcá-lo.  Menos água no inverno, um pouco mais no verão. Cresce rapidamente e constantemente, portanto imagine um considerável espaço à sua volta sem plantas para que ela possa ocupá-lo livremente.  E deleite-se.





Uma mulher botânica no século XVII

8 03 2019

 

 

 

Mary_Capel_(1630–1715),_Later_Duchess_of_Beaufort,_and_Her_Sister_Elizabeth_(1633–1678),_Countess_of_Carnarvon (2)DETALHE — Lady Mary Capell, Duquesa de Beaufort

Peter Lely (Holanda-Inglaterra, 1618 – 1680)

óleo sobre tela, 130 x 170 cm

Metropolitan Museum of Art, Nova York

 

 

Lady Mary Somerset [Capell], primeira Duquesa de Beaufort na Inglaterra, (1630 -1715) manteve um grande complexo de jardins na sua propriedade em Badminton.  Foi muito mais do que uma pessoa dedicada ao canteiros e jardins, foi uma séria estudiosa e investigadora de plantas.  Seus jardins não eram um hobby para ela, suas observações e experimentos documentam interesse científico sério que trouxe ao conhecimento da época muitas novidades.

Ativa em se corresponder com botânicos conhecidos como Southwell e Sir Hans Sloane e também com Sir Robert Southwell, Presidente da Royal Society, ela manteve notas preciosas sobre plantas, observações sobre a manutenção delas, germinação de sementes, poda e alimentação de plantas raras.

Selecionou folhas e flores colocando-os em livro. Desenhou com cuidado plantas de seu interesse que ainda podem ser vistos hoje nos 12 volumes que formam o seu Herbário.  Infelizmente sua obra nunca foi publicada.  Mas sobreviveu por mais de 300 anos e hoje se encontra na Biblioteca Botânica do Natural History Museum, Londres.

 

duchess-of-beauforts-hortusSpecimens from the Duchess of Beaufort’s Hortus Siccus, Natural History Museum, London.Espécimes do Hortus Siccus,  da Duquesa de Beaufort, no Museu de História Natural de Londres.

 

A propriedade em Badminton no século XIX

BadmintonMorris_edited

Hoje

Badminton_House

 

5b3b80dea040d01037b8b6fc_IMG_7376

 

Abaixo a obra completa dos retratos das irmãs Capell

 

Mary_Capel_(1630–1715),_Later_Duchess_of_Beaufort,_and_Her_Sister_Elizabeth_(1633–1678),_Countess_of_Carnarvon (3)Lady Mary Capell, Duquesa de Beaufort e sua irmã Elizabeth Capell, Condessa de Carnarvon




O verde do meu bairro: Acácia amarela

27 02 2019

 

 

 

20190207_142417 assinadaAcácia amarela, Rua Visconde de Pirajá, Ipanema, Rio de Janeiro.

 

 

Acácia amarela não é natural do Brasil, apesar de aparecer com seus espetaculares cachos de flores amarelas em grande parte das cidades do país.  Natural da Índia ela encontra clima e condições semelhantes em diversas partes do território nacional.  Também chamada de chuva de ouro, ou cássia-imperial, é árvore que atinge de 6 a 8 metros, desabrochando com flores em cachos de setembro a fevereiro, numa espetacular exuberância de amarelo. Flores perfumadas, em cachos pendentes de quase meio metro de comprimento. Gosta de sol, exige pouca água e prefere solo rico em matéria orgânica, mas não  é fácil de transplantar.  Portanto,  escolha um lugar e não pense em mudá-la dali. A melhor época para o plantio é na primavera, quando o clima está mais ameno e acácia-amarela corre menos risco de desidratação.  Em jardins é usada como planta isolada em meio à gramados; também em praças e calçadas pois não apresenta raízes agressivas.  Clima tropical, subtropical. A temperatura ideal para ela está entre 18-25 graus centígrados. Não tolera o frio.

 

 

 





O verde do meu bairro: Buganvílea

17 01 2019

 

 

 

 

bouganvillea em ipanema assinadaBuganvílea vermelha, rua Visconde de Pirajá, Rio de Janeiro.

 

Nos bairros em que as casas prevalecem, em geral as buganvíleas são vistas em abundância por sobre os muros, como grandes arbustos derramando benesses floríferas nas calçadas e ruas que habitam.  No entanto, uma boa parte da zona sul do Rio de Janeiro tem buganvíleas como árvore urbana trazendo beleza tropical para as calçadas cariocas.

Buganvílea, natural do Brasil, pode ter diversos nomes: Três-marias, Ceboleiro-da-mata, Riso-do-prado, Primavera.  Seu nome científico é Bougainvillea glabra Choisy e pertence à família das Nyctaginaceae.  Em geral floresce entre novembro e fevereiro, o que a torna perfeita para uma cidade turística à beira-mar, um balneário como o Rio de Janeiro.

Há outra postagem sobre buganvíleas neste blog, com maiores informações.

 





Natureza maravilhosa: galinha polonesa de topete

8 10 2018

 

 

 

galinha polonesa de topeteGalinha polonesa de topete, foto: cynoclub/Shutterstock

 

 

A galinha polonesa de topete é uma raça europeia de galinhas com crista, conhecida por sua notável crista de penas. Os relatos mais antigos dessas aves vêm da Holanda; mas suas origens exatas são desconhecidas. Elas são adornados com grandes cristas que quase cobrem a totalidade da cabeça.

 

Polonesa_Dourada_Galinha_Ornamental_Fazenda_Visconde_012

 

Esta crista limita sua visão e, como resultado, pode afetar seu temperamento. Assim, embora normalmente mansas, elas podem ser tímidas e se amedrontam com facilidade.

São criadas principalmente como aves de exibição, mas originalmente eram criadas para a produção de ovos de consumo, que são ovos brancos. Há galinhas dessa variedade barbudas, sem barba e com penas crespas.

 

Polonesa_Preta_de_Topete_Branco_Galinha_Ornamental_Fazenda_Visconde_003

 

Seu porte é médio.  Machos podem atingir a altura de 45 cm e pesar 2,5 Kg.  Fêmeas chegam a 40 cm  de altura e aos 2 Kg. Cada animal coloca põe cerca de 150 ovos por ano.





Natureza maravilhosa: Faisão dourado

22 07 2018

 

 

Pheasant-BirdFaisão dourado

 

O faisão dourado (Chrysolophus pictus) é uma espécie de ave galiforme da família Phasianidae originária das montanhas da China Central, da Birmânia e de algumas outras partes da Ásia, no Brasil também é conhecida como Cateleuma.

A fêmea tem uma aparência muito diferente do macho.  Como acontece com muitas aves, a fêmea difere do macho na aparência.  Ele, todo engalanado.  A faisoa, modesta nas cores.  O macho adulto cresce até quase 1 metro de comprimento. A  cauda ocupa 2/3 desse total.

 

douradoGDois faisões dourados

 

faisão-dourado-fêmea-100847797Faisoa.  (O feminino de faisão também pode ser faisã)  A preferência é de quem escreve.




Natureza maravilhosa: Bengala doce Sorrel

9 07 2018

 

 

florrara10Flor Bengala Doce Sorrel (Oxalis versicolor )

 

 

Bengala doce Sorrel (em referência à bala de Natal vermelha e branca em forma de uma bengala), a Oxalis versicolor  é uma  planta que pertence à família Oxalidaceae, encontrada na África do Sul.

Cresce de um bulbo, chega a ter de 8 a 15 cm  de altura.  Forma, assim, uma cama de folhas verdes, cada folha composta de três folhetos alongados. No final do verão e início do outono, brotos tubulares brancos estreitos se formam na ponta de caules finos. Um rebordo escarlate curvo para cada pétala dá a aparência de uma bengala doce. As flores se abrem em plena luz do sol, mas permanecem enroscadas em outros momentos.

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O verde do meu bairro: Lágrimas de Cristo

10 04 2018

 

 

 

DSC03688Lágrimas de Cristo,[Clerodendron thomsoniae], na Gávea, RJ.

 

 

Minha rua é de um único quarteirão.  Vai da esquina com edifícios a outra de casas à moda antiga.  Como todos os prédios da rua pagam uma companhia de segurança particular, as casas continuam a ter aquele ar de vivendas onde crianças podem e devem brincar no jardim, mesmo que muitas dessas casas hoje sirvam para pequenos escritórios onde trabalham não mais que cinco a oito pessoas.  Sim, ainda temos aquela impressão de rua puramente residencial.

Numa dessas casas/escritório há essa belíssima trepadeira chamada popularmente de Lágrimas de Cristo.  Floresce abundantemente na primavera e no verão.  Suas flores vão do rosa claro ao branco, mas a característica mais marcante é que há pétalas vermelhas bem no centro dessas flores, corolas vermelhas, que se projetam para fora e para o chão, como podemos ver na foto abaixo.

 

DSC03689Lágrimas de Cristo,[Clerodendron thomsoniae], na Gávea, RJ, DETALHE.

 

Procurando mais informações sobre essa maravilhosa trepadeira que fornece uma verdadeira tela natural dando privacidade à casa, soube que ela também se adapta ao interior das casas, desde que o ambiente seja bastante iluminado e que sejam colocadas em vasos pendentes. A palavra chave aqui é local muito iluminado, porque precisa de muita luz.  O que ela não suporta é frio…  Precisa de suporte para crescer em jardins.

 

DSC03687Lágrimas de Cristo,[Clerodendron thomsoniae], na Gávea, RJ, vista na grade.

 

É uma excelente opção para ser entrelaçada na grade de casa e ser apoiada em cercas.  Há muitos caramanchões que são guarnecidos por essas belas flores.  E com elas pode-se aproveitar mais a sombra no verão.

Não são originárias do Brasil.  Elas vêm da África Central. Para mais informações: Jardineiro.

 

DSC03690Lágrimas de Cristo,[Clerodendron thomsoniae], na Gávea, RJ, vista na grade, pétalas rosas e brancas.