Na boca do povo: escolha de provérbios populares

25 04 2024
“Palavras e plumas leva-as ao vento.”




Na boca do povo: escolha de provérbios populares

8 04 2024

 

 

“A quem tem dinheiro, não lhe falta companheiro.”




Na boca do povo: escolha de provérbios populares

14 03 2024
Soldado escrevendo para casa, Charles Leyendecker, 1917.

 

 

 

“Quem não é bom soldado não será bom capitão.”




Hoje é dia de feira: frutas e legumes frescos!

15 11 2023

Natureza Morta

Ettore Federighi (Brasil, 1909-1978)

óleo sobre placa, 48 x 63 cm

 

 

 

Natureza morta

Armando P. Dantas (Brasil, contemporâneo)

óleo sobre tela, 48 x 56  cm





Na boca do povo: escolha de provérbios populares

19 10 2023
“Corcunda não vê a sua corcova, mas vê a do vizinho.”




O pampa, poesia de Jorge de Lima

9 05 2023

Gaúcho da serra

José Lutzenberger (Alemanha-Brasil, 1882- 1951)

aquarela, 19 x 26 cm

Museu de Arte do Rio Grande do Sul

 
O pampa

 

Jorge de Lima

 

Nem chinas cantando,

nem violas gemendo,

nem ranchos,

nem fachos,

nem fandangos,

nem balaios,

nem violões,

nem habaneras de cordeonas.

 

— O pampeiro

e as almas penadas das taperas —

e as primeiras estrelas

que vieram assistir a noite escura

despencar de repente

lá do céu

sobre o pampa: pam! pa!

 

Em: Poesias Completas, Jorge de Lima, vol. IV, Rio de Janeiro, Cia. José Aguilar Editora: 1974. p. 30





Na boca do povo: escolha de provérbios populares

24 04 2023
Magali sente o cheiro da comida! Ilustração Maurício de Sousa.

“Para boa fome, não há mau pão.”




Mudança de costumes

20 04 2023

Triste Notícia, 1905

Antônio Parreiras (Brasil, 1860-1937)

óleo sobre tela, 50 x 73 cm

 

Quando vi esta imagem, à primeira vista me pareceu que a senhora retratada lia em um dispositivo digital.  Mas como?  Não era uma cena das últimas duas décadas!  Observando com maior cuidado, percebi tratar-se de papel timbrado de preto a toda volta, retirado do envelope próximo também assim  tarjado.  E, de repente, me encontro de volta à minha infância. Memórias muito antigas de outro hábito desaparecido.

Eu era criança quando vi pela primeira vez um envelope como este, trazendo em seu recheio nota semelhante.  Vinha de Mato Grosso, terra da família paterna de minha mãe.  De lá, eu conhecia quatro pessoas: vovô Gessner e alguns de meus tios avós: a meia irmã Eneyde (Nedi), o marido Luiz, que moravam aqui no Rio de Janeiro, com quem tive muito contato, mesmo depois de adulta, eles eram figurinhas conhecidas e queridas por demais. Eu adorava as histórias de titio Luiz sobre caçadas em Mato Grosso.  Também conheci a irmã mais velha de vovô em uma visita ao Rio de Janeiro. Chamava-se titia Evange, apelido familiar de Evangelina.

Não sei se o falecimento dela foi telegrafado para meus pais.  Talvez telegrafado para vovô.  Mas a notícia de seu falecimento certamente chegou através de uma nota tarjada de preto, como esta do quadro de Antônio Parreiras de 1905.  

Ainda vi na casa de meus pais, algumas, poucas, notificações de falecimento desta maneira.  Mas ao que eu saiba, este hábito já era um tanto arcaico na segunda metade do século XX.

O luto mudou muito.  Mas isso é papo para outra ocasião.

 

©Ladyce West, Abril de 2023, Rio de Janeiro

 





Rosinha segue viage, poesia de Luiz Peixoto

29 08 2022

 

 

GERSON POMPEU PINHEIRO (1910 - 1978) Mestiça, o.s.t., 60 X 49 cm, assinado e datado (1953) no c.i.e.Mestiça, 1953

[Retrato de Maria Augusta]

Gerson Pompeu Pinheiro (Brasil, 1910 – 1978)

óleo sobre tela, 60 X 49 cm

 

Rosinha segue viage

 

Luiz Peixoto

 

Rosinha seguiu viage,

não disse adeus a ninguém.

Levou no peito uma image

do Deus-menino em Belém,

levou cama, levou rede,

levou ferro de engomá,

levou panela de barro,

levou linha de bordá,

levou todos os terém.

Nunca vi tanta bagage!

No meio das catrevage,

meu coração foi também.

 

Em: Poesia de Luiz Peixoto, Rio de Janeiro, Editora Brasil-América:1964, p.79

 

 





Na boca do povo: escolha de provérbios populares

4 08 2022
Bidu zangado, ilustração de Maurício de Sousa.

Cão que ladra não morde.