O gato vaidoso, Monteiro Lobato

9 04 2024

Companheiros de casa, 2003

Reynaldo Fonseca (Brasil, 1925-2019)

óleo sobre tela

 

 

 

 

O gato vaidoso

 

Monteiro Lobato

 

Moravam na mesma casa dois bichanos, iguais no pelo mas desiguais na sorte. Um, pela dona, dormia em almofadões. Outro, no borralho. Um passava a leite e comia no colo pela mão da senhora. O outro por feliz se dava com espinhas de peixe colhidas no lixo.

Certa vez cruzaram-se no telhado e o bichano de luxo arrepiou-se todo dizendo:

— Passa de largo, vagabundo! Não vês que és pobre e eu rico? Que és gato de cozinha e eu, de salão? Respeita-me, pois, e passa de largo…

— Alto lá, senhor orgulhoso!  Lembra-te que somos irmãos, criados no mesmo ninho.

— Sou nobre! Sou mais que tu!

— Em quê? Não mias como eu?

— Mio.

— Não caças rato como eu?

— Caço.

— Não comes rato como eu?

— Como.

— Logo, não passas de um simples gato igual a mim. Abaixa, pois, a crista desse orgulho idiota e lembra-te que mais nobreza do que eu não tens — o que tens é aoenas um bocado mais de sorte…

Quantos homens não transformam em nobreza o que não passa de um bocado mais de sorte na vida!

 

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Em: Fábulas, São Paulo, Brasiliense: 1956, p. 155





Flores para um sábado perfeito!

14 10 2023

Flores, 1983

João Quaglia (Brasil, 1928-2014)

óleo sobre tela, 50 x 61 cm

 

Vaso com planta e pássaro, 1975

Reynaldo Fonseca (Brasil, 1925- 2019)

nanquim aquarelado sobre papel, 14 x 19 cm





4 de outubro, dia de São Francisco, protetor dos animais!

4 10 2023

São Francisco de Assis, 1978

Adelson do Prado (Brasil, 1944- 2013)

óleo sobre tela, 50 x 50 cm

 

 

São Francisco, 1991

Reynaldo Fonseca (Brasil, 1925-2019)

óleo sobre tela, 50 x 60cm

 

 

 

São Francisco

Gildásio Jardim Barbosa (Brasil, contemporâneo)

pintura em tecido estampado

São Francisco, 1969

Januário [Sebastião Januário] (Brasil, 1939)

óleo sobre tela, 92 x 65 cm

 

 

 

São Francisco, 1968

João Câmara (Brasil, 1944)

óleo sobre tela

 

 

 

São Francisco de Assis, 1970

Vicente do Rego Monteiro (Brasil, 1899-1970)

óleo sobre tela, 81 X 56 cm





Hoje é dia de feira: frutas e legumes frescos!

21 06 2023

Frutas, 1969

Reynaldo Fonseca (Brasil, 1925-2019)

óleo sobre tela, 44 x 53 cm

 

 

 

Cajus

Sandro Maciel (Brasil, 1965)

acrílica sobre tela,  80 x 120 cm





Hoje é dia de feira: frutas e legumes frescos!

17 05 2023

Frutas sobre a mesa, 1937

Orlando Teruz (Brasil, 1902-1984)

óleo sobre tela, 46 x 56 cm

 

 

 

A maçã, 1971

Reynaldo Fonseca (Brasil, 1925-2019)

óleo sobre madeira, 32 x 40 cm





A mãe na pintura brasileira

14 05 2023

Maternidade Kuikuro

Élon Brasil (Brasil, 1957)

óleo sobre tela, 130 x 100 cm

 

 

 

Fábula, 1997

João Câmara (Brasil,1944)

óleo sobre tela colado em madeira,110 x 160 cm

 

 

 

Maternidade, 1950

Gerson Pompeu Pinheiro (Brasil, 1910-1978)

óleo sobre tela

 

 

 

Maternidade, 1962

Roberto Moriconi (Brasil, 1932-1993)

óleo sobre tela, 55 x 46 cm

Maternidade

Sergio Giannini (Brasil, contemporâneo)

óleo sobre tela, 55 x 46 cm

 

 

Maternidade, 1957

Emiliano Di Cavalcanti (Brasil, 1897-1976)

óleo sobre tela,  51 x 73 cm

 

 

Maternidade, 2004

Reynaldo Fonseca (Brasil, 1925-2019)

óleo sobre placa,





Hoje é dia de feira: frutas e legumes frescos!

5 01 2022

Maçã, 1968

Reynaldo Fonseca (Brasil, 1925 -2019)

óleo sobre tela, 22 x 16 cm





Dia das mães com arte brasileira, II

9 05 2021

Maternidade, década de 50

Cicero Dias  (Brasil, 1907- 2003)

óleo sobre tela, 92 x 73 cm

Em postagens passadas no Dia das Mães, fiz, como faço hoje, um apanhado de pinturas representando mães, por artistas brasileiros.  Grande parte da iconografia da maternidade na arte brasileira se concentra na representação de mães sofridas, depauperadas pela pobreza, fome e exaustão.  É natural que o artista brasileiro esteja preocupado em representar essas mães esquecidas pela sociedade.  No entanto, neste domingo de Dia das Mães, ainda sob efeito da pandemia, vou me concentrar nas representações da maternidade, mais doces, menos pesadas.  Menos sofridas, mas tão mães quanto outras.  Precisamos de alguns momentos de sossego, alguns segundos para respirar e nos acalmar.  Tirem bom proveito. Feliz Dia das Mães!

Maternidade

Aurélio D’Alincourt (Brasil, 1919 – 1990)

óleo sobre madeira, 48 x 55 cm

Mãe com filho

Walderedo de Oliveira (Brasil, 1955)

óleo sobre tela

Mulher e criança, 1973

Humberto da Costa (Brasil, 1941)

óleo sobre tela, 55 x 46 cm

Maternidade

Aloísio Lucas de Oliveira (Brasil, contemporâneo)

óleo sobre tela, 73 x 60cm

Mãe,1969

Reynaldo Fonseca (Brasil, 1925 -2019)

Óleo sobre tela, 73 x 53 cm

Mater, 1992

Sérgio Martinolli (Itália, ativo no Brasil, 1938)

óleo sobre eucatex, 55 x 60 cm

Maternidade,1992

Giannini (Brasil, contemporâneo)

óleo sobre tela, 46 x 38 cm

Maternidade

Alberto Emílio Naddeo (Brasil, 1900 – 1956)

óleo sobre tela, 60 x 50 cm





Saudade, poesia de Da Costa e Silva

1 03 2021

Reflexão, 1970

Reynaldo Fonseca (Brasil, 1925 – 2019)

óleo sobre tela, 46 x 38 cm

Saudade

 

Da Costa e Silva

 

Saudade! Olhar de minha mãe rezando,

E o pranto lento deslizando em fio…

Saudade! Amor de minha terra… O rio

Cantigas de águas claras soluçando.

 

Noites de junho… O caburé com frio,

Ao luar, sobre o arvoredo,piando, piando…

E, ao vento, folhas lívidas cantando

A saudade imortal de um sol de estio.

 

Saudade! Asa de dor do Pensamento!

Gemidos vãos de canaviais ao vento…

As mortalhas de névoa sobre a serra…

 

Saudade! O Parnaíba − velho monge

As barbas brancas alongando… E, ao longe,

O mugido dos bois da minha terra…

 

Em: Da Costa e Silva, Poesias Completas, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1985 [edição do centenário] p.69

 

 





Hoje é dia de feira: frutas e legumes frescos!

24 07 2019

 

 

 

REYNALDO Fonseca (1925) “Maçã”, o.s.t. – 22 x 16 cm. Ass. e dat. 1968Maçã,  1968

Reynaldo Fonseca (Brasil, 1925 – 2019)

óleo sobre tela, 22 x 16 cm