O sapato perfumado — poema infantil de Ricardo da Cunha Lima

25 03 2009

sapato-e-meia

 

 

O sapato perfumado

 

                                            Ricardo da Cunha Lima

 

 

 

Era uma vez um sapato

totalmente amalucado.

Seu esquisito costume

era usar um bom perfume.

Ele nunca passeava

sem estar bem asseado;

pra isso, sempre passava

perfume por todo lado,

bastando o seu couro inteiro

com fragrâncias do estrangeiro,

e na sola e no cadarço

espalhava água-de-cheiro.

Que eu me lembre se casou

(e que lindo par formou!)

com a meia do garçom,

a qual tinha, por seu lado,

o costume amalucado

de pintar-se com batom.

 

 

 

Em:  De cabeça para baixo, São Paulo, Cia das Letras: 2000

 

 

 

 

 

 

 

 

Ricardo da Cunha Lima nasceu em São Paulo, em 1966.

 

Obras

 

Lambe o dedo e vira a página, 1985

Em busca do tesouro de Magritte, 1988

De cabeça para baixo, 2000

O livro com um parafuso a menos, 1996

O xis da questão, 1997

Cambalhota, 2003

Do avesso, 2006


Ações

Information

10 responses

3 11 2009
Débora

Gostaria de receber algumas ideias de como trabalhar com meus alunos o livro: Lambe o dedo e vira a página, uma resenha ou outras atividades.

grata.

3 11 2009
peregrinacultural

1 — Tenho uma vasta coleção de textos, grande parte deles didáticos. Mas não sou professora, nem trabalho com escolas. Assim, não posso preencher pedidos de versinhos, quadrinhas ou poesia para esta idade ou aquela série escolar. Sinto muito,

3 11 2010
Alan

A editora (FTD) deve ter um roteiro de trabalho para o livro. Entre em contato com eles.

4 08 2010
karen

eu adoreii

4 08 2010
peregrinacultural

Puxa, eu também gosto muito dele.

6 10 2010
DAW

O Ricardo é uma pessoa maravilhosa, supergentil (ele dá aulas de Latim na USP)

22 01 2012
claudia

adoro o poema labirinto dele

16 07 2012
debora

Ele é meu Professor de Estudos Clássicos na USP. Gosto dele: explica muito bem além de ser um bom poeta de versos infantis.

16 08 2014
Sem Nome

Legal… Me ajudou um pouquinho na escola 😉

16 08 2014
peregrinacultural

Que bom!

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