O Sapo, poema infantil de Ferreira Gullar

24 09 2009

sapos no lago

O SAPO

Ferreira Gullar

Aqui estou eu: o  Sapo,

Bom de pulo e bom de papo.

Falo mais que João do Pulo,

Pulo mais que João do Papo.

Por cautela, falo pouco,

Pra evitar de ficar rouco.

Mas, na verdade, coaxo.

Sou quem toca o contra-baixo

em nossa orquestra de sapos,

pois com os sons de nossos papos

fazemos nosso concerto:

um som fechado, outro aberto,

um que parece trombone,

outro flauta ou xilofone.

Tocamos em qualquer festa.

O nosso e-mail é <orquestra

@sapos. com. floresta>.

ferreira_gullar

Ferreira Gullar (José Ribamar Ferreira) Pseudônimo:  Ferreira Gullar, nasceu no dia 10 de setembro de 1930, na cidade de São Luiz, capital do Maranhão,

Obras:

A Estranha vida banal,1989

A Luta corporal, 1954

A Luta corporal e novos poemas, 1966

A Saída? Onde fica a saída? ,1967

Antologia poética, 1977

Antonio Henrique Amaral – paintings  1978

Argumentação contra a morte da arte  1993

Arte brasileira hoje, 1973

As Melhores crônicas de Ferreira Gullar, 2005

As Mil e uma noites  2000

Augusto dos Anjos ou Morte e vida nordestina  1976

Barulhos, 1980-1987  1987

Cidades inventadas  1997

Crime na flora, ou, ordem e progresso  1986

Cultura posta em questão  1965

Dentro da noite veloz  1975

Dr. Getúlio, sua vida e sua obra  1968

Etapas da arte contemporânea  1985

Ferreira Gullar  1980

Gramacão  1996

Indagações de hoje  1989

João Boa-Morte, cabra marcado para morrer  1962

Lygia Clark  1980

Muitas vozes  1999

Na vertigem do dia  1980

Nise da Silveira  1996

O Formigueiro  1991

O Menino e o arco-íris  2001

O Meu e o Seu – Antonio Henrique Amaral  XX d

O Touro encantado  2003

Os Melhores Poemas de Ferreira Gullar  1983

Poema sujo  1976

Poemas  1958

Poemas escolhidos  1983

Poesias  1982

Por você por mim  1968

Quem matou Aparecida?  1962

Rabo de foguete

Relâmpagos : (dizer o ver)  2003

Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come  1966

Sobre arte  1982

Teoria do não objeto  1959

Toda Poesia  1981

Um Gato chamado gatinho  2000

Um pouco acima do chão  1949

Um Rubi no umbigo  1978

Uma Luz do chão  1978

Uma Tentativa de compreensão  1977

Vanguarda e subdesenvolvimento  1969


Ações

Information

22 responses

26 08 2010
MARIA MOREIRA DE MATOS RUFINO

Quero Deixar a poesia do sapo

Não se descute que o sapo
E feio, feio a valer
Barrigudo olhos saltados
mais feio nao pede ser

Em tanto esta feiaudade
Não se empede que se torne
Eis uma grande verdade
De uma serventinha enorme

Dando raça a certo bichos
Para suas refeições
Nos presta muitos serviços
Defendendo as platações

Por que apedreijar os sapos
E ruindade é malvadez
Queria você a caso
pagar o mal que não fez?

12 10 2021
Jorge Chadud

Faltou mais,não?

24 09 2011
Valdira

Faltou uma parte

“Até já se diz em verso que ao mundo o sapo não veio
Para servir de modelo por ser bicho muito feio.

Conheci este texto quando tinha 8 anos de idade.
Hoje estou com 57 e ainda me recordo dele.

25 03 2023
Kleber Freitas

Não se discute que o sapo é feio feio a valer
Barrigudo olhos saltados, mais feio não pode ser
Se diz até em versos que ele ao mundo não veio
Para servir de modelo por ser bicho muito feio,
Mas toda essa feialdade não o impede que se torne, eis uma grande verdade de uma serventia enorme
Dando caça a certos bichos para as suas refeições, nos presta grandes serviços defendendo as plantações
Para quê apedrejar o sapo?
Isso é ruindade e malvadez,
Queria você acaso, pagar um mal que não fez?

22 11 2011
katia

todos tem importância,utilidade…são especiais nesse mundo rico em diferenças

22 11 2011
Sara Vinhal

Esta noite, sonhei com sapos lindos e coloridos.
Pena que acabei dilacerando o meu dedo…Snif

3 04 2012
Yvis

kkk Muito Legal…Fia

3 04 2012
Yvis

o sapinho

ele vive sozinho
canta mas não fica rouco.

namora com a dona rã
que trabalha com fio de lã
para fazer roupas
pro girinos

ela é filha de seu joão um sapo velho e engraçado
mais tem medo de uma cobra que vive desgraçado..

3 04 2012
peregrinacultural

Parabéns, Yvis… Foi você quem escreveu esse poema?

15 10 2012
kemilly

isso e mesmo engraçado em rã q mexa com lã ……kkkkkkkkkkkkk

16 10 2012
peregrinacultural

😉

30 04 2014
Eva Mendes Mendes Jorge

Desculpa mas preferi em vez de desgraçado colocar a palavra destroçado. Um Abraço.

10 05 2014
peregrinacultural

Acho que foi uma troca interessante. No entanto não me senti a altura do poeta para trocar a palavra. 😉

27 05 2013
Ana Maria Pereira

Assim como a Valdira, eu também conheci esta poesia quando criança e nunca me esqueci. O livro era Infância Brasileira de Theobaldo Miranda Santos.

28 05 2013
peregrinacultural

Muito bem, Ana Maria, Theobaldo Miranda Santos tinha realmente excelentes antologias para o curso primário. Boa memória. 🙂

28 05 2013
Ana Maria Pereira

Estão esquecendo que a segunda estrofe é assim:
“Até já se disse em versos
Que ao mundo o sapo não veio
Para servir de modelo
Por ser bicho muito feio”.
E daí vem as outra estrofes e se completa com a estrofe da fealdade etc.

28 05 2013
Ana Maria Pereira

Valdira agora voltando a ler os comentários foi que eu vi que você também notou que faltou a segunda estrofe.Parabéns.

7 06 2013
maricat

tenho nojo de sapo eca!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

30 04 2014
Eva Mendes Mendes Jorge

Saudades das poesias infantis que minha Mãe recitava para mim…Amei.

3 09 2015
eu da silva

kkkkk eu quero fazer um poema assim tambem

5 09 2015
peregrinacultural

Seria bom tentar! Olha o feriado vindo aí… Terá bastante tempo para fazer um poema assim! 😉

24 03 2017
Ana Maria Pereira

Nossa! fiquei muito feliz em vê que alguém comentou alguma coisa que escrevi. Isso é bom essa interação.

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