Biblioterapia: terapia através da leitura

4 11 2016

 

 

marie-fox-lendo-na-praia-1-30-x-30-cmLendo na praia # 1, 2016

Marie Fox (EUA contemporânea)

acrílica sobre tela,  30 x 30 cm

 

 

 

Sempre aprendo na internet. É só ter curiosidade. Tudo está na rede.

Hoje dei com um artigo sobre terapia através de livros. Não falo de livros escritos com o objetivo de autoajuda. Não é disso que se trata. É a leitura de literatura, tanto antiga quanto contemporânea, auxiliando no entendimento de emoções, de prazer, da felicidade. Biblioterapia parece estar em alta. É esse o campo, que meus amigos bibliotecários certamente devem conhecer, mas eu ignorava.

O artigo na revista online The Millions, titulado Books Should Send Us Into Therapy: On The Paradox of Bibliotherapy, de James McWilliams expandiu meu conhecimento sobre o uso pragmático da leitura e levantou perguntas relacionadas ao Brasil:  Nós temos biblioterapia?  Há livros de ficção literária brasileira que possam ser usados na terapia?

No mundo de língua inglesa há, por exemplo, os livros de Jane Austen. Ninguém duvida do valor literário da autora inglesa. Mas eu não sabia que poderíamos usar seus livros no processo de psicoterapia como William Deresiewicz sugere em A Jane Austen Education. Ou que o mesmo resultado parece ter sido atingido pelo autor britânico Andy Miller no best-seller The Year of Reading Dangerously.

O autor do artigo cita Lendo Lolita no Teerã, de Azar Nafisi, o único mencionado com tradução brasileira, que li em 2004. Faz muito tempo. Mas  me recordo dele demonstrar o crescimento emocional dos personagens e o desenvolvimento da felicidade através da leitura.

Enfim, vou explorar essa nova visão da literatura. Uma consequência formal do hábito de ler que qualquer leitor assíduo já sabia, instintivamente.   Deve estar aí o sucesso de grupos de leitura onde o hábito de ler regularmente e discutir emoções, aventuras, consequências e associações dos personagens nas tramas literárias oferece uma variedade imensa de situações e paralelos com a vida real que podem contribuir para o desenvolvimento emocional dos leitores.

Uma coisa sei por experiência: ler e discutir uma leitura em comum num grupo de leitores, regularmente, promove amizades sinceras, em qualquer idade.  Nasce e se desenvolve um sentido de coesão, entendimento e aceitação do outro que supera meios tradicionais de se fazer amigos.

 

 

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4 11 2016
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